quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Amanhecer (Ivone Boechat)

Levanta a cortina dos teus olhos Contempla a maravilha do amanhecer A vida é uma criança, esperta, bonita, inteligente Passa correndo, é preciso ver Acredita, enquanto há tempo: não existe dor sem alento nem tristeza tão longe da alegria quando a luz de cada dia, acende a vida, iluminando o amanhecer Não vacila, toma posse da imensa alegria de viver.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

É a Vida.

O que é, O que é? Gonzaguinha Eu fico com a pureza das respostas das crianças: É a vida! É bonita e é bonita! Viver e não ter a vergonha de ser feliz, Cantar, A beleza de ser um eterno aprendiz Eu sei Que a vida devia ser bem melhor e será, Mas isso não impede que eu repita: É bonita, é bonita e é bonita! E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão? Ela é a batida de um coração? Ela é uma doce ilusão? Mas e a vida? Ela é maravilha ou é sofrimento? Ela é alegria ou lamento? O que é? O que é, meu irmão? Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo, É uma gota, é um tempo Que nem dá um segundo, Há quem fale que é um divino mistério profundo, É o sopro do criador numa atitude repleta de amor. Você diz que é luta e prazer, Ele diz que a vida é viver, Ela diz que melhor é morrer Pois amada não é, e o verbo é sofrer. Eu só sei que confio na moça E na moça eu ponho a força da fé, Somos nós que fazemos a vida Como der, ou puder, ou quiser, Sempre desejada por mais que esteja errada, Ninguém quer a morte, só saúde e sorte, E a pergunta roda, e a cabeça agita. Fico com a pureza das respostas das crianças: É a vida! É bonita e é bonita! É a vida! É bonita e é bonita! http://www.vagalume.com.br/gonzaguinha/o-que-e-o-que-e.html#ixzz29mINOFub

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Velhas Árvores

Velhas Árvores Olavo Bilac Olha estas velhas árvores, — mais belas, Do que as árvores mais moças, mais amigas, Tanto mais belas quanto mais antigas, Vencedoras da idade e das procelas . . . O homem, a fera e o inseto à sombra delas Vivem livres de fomes e fadigas; E em seus galhos abrigam-se as cantigas E alegria das aves tagarelas . . . Não choremos jamais a mocidade! Envelheçamos rindo! envelheçamos Como as árvores fortes envelhecem, Na glória da alegria e da bondade Agasalhando os pássaros nos ramos, Dando sombra e consolo aos que padecem!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Homenagem

Mensagem aos professores Luzia Rodrigues PROFESSOR O professor é um sábio renovando-se a cada instante. É um trabalho árduo, porém gratificante. O professor é paciente, da alma humana é um conhecedor. Harmoniza o ambiente, tornando-o acolhedor. O professor é um artista, amplia suas conquistas. É um animador cultural da história real. O professor é um articulador cheio de realização. É também um sonhador dessa grande nação. O professor é um mediador, facilitando a aprendizagem. Também um enriquecedor, deixa sempre uma mensagem. O professor espalha as sementes dos objetivos em mente. Prepara para as oportunidades, observando a realidade. Ser professor não tem fórmula, é apenas uma vocação. Por isso me conformo e continuo com minha missão.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

http://construirnoticias.com.br/

Bienal 2011

7 de Setembro e a Bienal 2011 Uma surpresa! Muito boa por sinal. 7 de setembro de 2011, feriado nacional, dia ensolarado, praia lotada, eventos em vários locais do Rio. No Rio Centro uma onda humana invade a XV Edição da Bienal do Livro. Os acessos congestionados e os estacionamentos lotados não foram suficientes para diminuir a sede de saber dos mais de cem mil visitantes que lá estiveram neste dia. É um acontecimento digno de comemoração. Todas as expectativas foram superadas em relação à presença e a procura de novos visitantes a esta grande festa da cultura. Para os céticos e fatalistas, que subestimam com prazer a população brasileira, deve doer nos nervos esta nova conjuntura. É bom registrar que a faixa etária dos visitantes estava distribuída visivelmente de forma diversa. Um grande número de crianças, adolescentes e jovens entre adultos de todas as idades. Havia certo desconforto para caminhar pelas avenidas e ruas da cidade da leitura. Igual situação para conferir de perto alguns stands e espaços temáticos, mas nada que ofuscasse a alegria imensa por estar sendo contaminado pelo desejo mútuo da descoberta e do conhecimento. A programação cultural, os momentos de autógrafo, os debates, os lançamentos, tudo conformava para a satisfação dos milhares de visitantes. Nas edições anteriores a presença foi expressiva, mas esta em particular marca uma nova etapa da Bienal. A organização teve de rever critérios e previsões e adequar de forma emergencial alguns serviços até o final do evento para atender minimamente tamanha presença. Observamos, porém, uma cobertura discreta dos grandes veículos de comunicação a esta excelente surpresa. Um fato intrigante no mínimo. Outro registro importante é que não se deve a um apelo midiático esta presença surpreendente de visitantes a Bienal. Poderíamos ter mais espaço que o reservado para a divulgação do evento. Como também a infra-estrutura para o serviço de transporte coletivo deverá ser toda revista nas próximas edições, já que este foi um dado bastante negativo. De qualquer forma a muito que comemorar nesta Bienal de 7 de Setembro de 2011. Já deixou saudades. Em 2013 certamente teremos tantas outras razões para comemorar mais uma vez a festa do livro e da cultura. Até lá.

O que estamos fazendo?

1º Seminário de Práticas Educativas

Tarsila


Tarsila do Amaral (percurso afetivo)
Pessoas, muitas, a procura do percurso afetivo de Tarsila.  A fila desce as escadas do espaço cultural, mas ninguém se atreve a desistir deste encontro. A espera não incomoda, esta vale. E muito. Pode ser a única oportunidade, infelizmente. De todas as idades, de todos os lados da cidade, de todos os lugares possíveis, de todas as condições e posições. As pessoas vão ao encontro de Tarsila. Deliberadas, espontâneas, decididas, alegres, sobretudo. A arte que provoca o deslocamento das pessoas à procura da experimentação do contato sensível, sutil, palpável com a artista. Ler os seus escritos originais parece uma viagem ao seu consciente. Suas anotações pessoais revelam sua intimidade. As pessoas não desgrudam o olhar de suas obras. Maravilhosas. E são algumas que são tantas em face de tamanha beleza e delicadeza. Parece que brincava de pintar. E brincava mesmo. Nas homenagens recíprocas com seus pares, nos versos, nas imagens, nas anotações, é sensível e compreensível o quanto se amavam e compartilhavam os dias, as noites e as idéias. Impossível a inércia diante de suas obras. As pessoas cochicham, indagam, voltam o olhar, retornam, querem penetrar nas paisagens, entender o olhar dos homens e das mulheres, mesmo quando não os vêem. Percurso afetivo. Viagens inesquecíveis de Tarsila e dos seus, registradas no porta-chapéus. Viagem impagável ao universo criativo breve e intenso da artista que continuará a emocionar tantas pessoas.
Grato Tarsila.         

Lágrimas


Lágrimas...
Sublime expressão de sentimento.
Mesmo quando não caem dos olhos
E emudecem a face da gente.
Elas ficam guardadas por dentro.
Meio que esperando a hora certa.
A hora que não é deste tempo.
É do tempo das lágrimas.
Tempo sublime que não se controla.

Vivavida!


Vivavida!


Saber da morte já não importa.
Vida que tudo ilumina é meu norte.
Do fim que sei não tenho o que temer.
O incomparável da vida me faz esquecer.
Pra que saber da morte do que ainda será?
Tanto e mais tenho que a vida me dará.
Sem graça alguma o saber da morte.
Perda irreparável de vida que ainda terá.
Terei que nem sei o quanto a viver,
E então como ceder e ao fim se perder.
Que vivas pra sempre este milagre.
E não me encontre jamais este saber.
Quero sim das surpresas da vida
Saber o quanto me é maravilhoso
Saber que da vida só transborda
O sabor de tanta vida e vida e mais vida.
VIVAVIDA!